Introdução
á Grécia: está dividida em:
·
Grécia Continental: Maciço continental (Tessália,
Epiro, Macedônia e Magnésia), Grécia central e Peloponeso;
·
Grécia Insular: Mar Ageu e Jônico;
·
Grécia Asiática: Região litorânea da Ásia menor;
·
Magna Grécia: Sicilia (Sul da Itália),
Marselha (França), Emporiae (Espanha).
Condições
geográficas:
A paisagem é formada por montanhas e poucas planícies que
dificulta a comunicação por terra e facilita a autonomia da polis.
Condições Climáticas:
Mediterrâneo, devido a esse clima
as regiões mais férteis ficam em Massênia. Esses fatores geográficos e climáticos
favoreceram o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio.
As
variações climáticas, as guerras e o crescimento populacional provocou uma escassez
de alimentos, fatores que contribuíram para a colonização grega. A pesca e o comércio
marítimo foram a principal fonte de alimentos do povo.
A ocupação da Grécia:
Descendência indo-europeia houve
a imigração de povos, a cerca de 2000 a.c, que são: Eólios, Aqueus, Jônios (Seminômades)
e
Dórios
(povo guerreiro). Os jônios foram os primeiros a se instalarem na península e ali
desenvolveram cidades fortificadas. Por volta de 1580 a.c, os aqueus e eólios
tomaram parte do território jônico e passaram a sofrer influência do povo da
ilha de Creta. Por volta de 1400 a.c, os aqueus formaram uma civilização no Peloponeso,
tendo Micenas como a mais influente das cidades. A busca por novas áreas causou
uma guerra contra a civilização troiana. Por volta de 1200 a.c os dórios invadiram o Peloponeso,
fato que seria o possível motivo da destruição da civilização micênica. Devido a
invasão dória, houve um retrocesso cultural, onde a população passou a viver em
genos, que são comunidades unidas por laços de parentesco. A comunidade era
liderada por um pater-familia. Escravos e agregados pertenciam ao genos também.
Mas artesão e pequenos proprietários não faziam parte. Os bens eram coletivos,
por isso quase inexistiam classes sociais. A sociedade
que surgiu após a invasão dórica, deu lugar para a formação da polis grega.
As polis
remontam ao processo de desorganização econômico-social resultante da invasão
dória e têm como traço comum a origem de organizações familiares agropastoris. A
grande novidade na sociedade grega do período arcaico foi a invenção da
propriedade privada. Numa sociedade com claro predomínio social do guerreiro,
esta inovação trouxe um personagem novo, o guerreiro-proprietário.
Os
grandes proprietários eram privilegiados por serem os únicos que possuíam armamento
completo e tempo livre para a guerra. Por isso, são responsáveis por comandar o
exército e assim apropria-se do espólio de conquista. A divisão de classes,
antes era instituída a partir da riqueza gerada pelas propriedades privadas,
porém passou a ser relacionada a nobreza de sangue, organizado a partir da
afiliação. Esta nobreza foi responsável pela formação das primeiras cidades
estado da Grécia. A repartição
desigual de terras gerou uma vasta classe de empobrecidos que, necessitando de
empréstimos tomados aos mais ricos para sobreviver, passaram a sofrer a
escravidão. E a necessidade de fugir da escravização levou os mais pobres a
ocuparem novas áreas ao longo do mediterrâneo. Tal expansão colonizadora
incentivou as atividades comerciais propiciando o surgimento de uma nova
aristocracia – gregos enriquecidos pelo comércio. Com isto, a antiga
aristocracia se vê diante de um problema: além das pressões populares para
deter a pauperização, a pressão dessa nova aristocracia para participar das
decisões políticas das pólis. O crescimento populacional, a desintegração
dos genos impulsionou a colonização. Com essa desintegração deu origem a grupos
maiores como aldeias, tribos e etc...
Indivíduos
de uma mesma cultura e religião formam a polis, localizada na
Acrópole
(fortaleza constituída no alto da colina). A respeito da estrutura das primeiras
cidades-estado podemos dizer que o rei (basileus) tinha funções sacerdotais e o
conselho de magistrados tinha o poder de fato. Podemos dizer que a primeira
forma de governo da polis foi oligárquica (governo de poucos) ou Aristocrática
(governo dos melhores). Atenas,
Esparta, Mégara, Corinto, Argos e Mileto foram as principais cidades-estados
gregas, entretanto Atenas e Esparta assumiram um lugar de destaque nesse cenário,
sendo consideradas pelos romanos “os dois olhos da Grécia”.
Esquema da formação e evolução
Origem: povos indo-europeus(1950 a.c)
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Civilização Micênica: povoamento e formação.
(1950-1100 a.c)
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Período Homérico: A desorganização
econômica gerada pela invasão dória. No final do período surgem as primeiras
cidades-Estados. (1100-800 a.c)
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Período Arcaico: A
evolução e amadurecimento das cidades-Estado, destacando-se Atenas e Esparta.
(800-500 a.c)
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Período Clássico: As
cidades-estados atingem sua maturidade com o esplendor da democracia
ateniense, na época de Péricles. Em 338, Felipe da Macedônia põe fim à
independência das cidades-Estado. (500-338 a.c)
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Período Helenístico: constituído de duas
fases que são: A ascensão de Alexandre Magno formando vasto império. (338- 323 a.c) e a fragmentação do império e
nascimento das monarquias helenísticas (323 a 275 a.c)
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As obras como fontes históricas
As obras de homero são fontes fundamentais para o estudo da história da Grécia Antiga. Os poemas de Homero revelam informações importantes sobre comportamento, cultura, religião, fatos históricos, mitologia grega e a sociedade da Grécia Antiga.
Obras atribuídas a Homero:
Ilíada – poema épico grego, considerado o mais antigo da literatura ocidental. São 15.693 versos que narram os acontecimentos do último ano da Guerra de Tróia.
Odisseia – são 24 cantos que
narram a viagem de volta do herói grego Odisseu (Ulisses) da Guerra de Tróia.
São 10 anos de aventuras até chegar à Ilha de Ítaca, onde era rei.
As obras de Homero eram tão importantes
para o povo grego como a bíblia para o cristianismo. Acredita-se que estas
obras traziam ensinamentos sobre o modo de vida que o povo deveria seguir.
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